COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE SILAGEM DA PARTE AÉREA E RESÍDUOS DO PROCESSAMENTO DA MANDIOCA

Resumo

A parte aérea e os resíduos do processamento da mandioca podem ser utilizados para compor a alimentação de ruminantes como alternativa no fornecimento de volumoso, especialmente, na forma de silagem. Portanto, objetivou-se avaliar a composição físico-química de diferentes silagens com a parte aérea e alguns resíduos do beneficiamento da mandioca. A parte aérea foi colhida aos 12 meses após o plantio e ensiladas em tubos de policloreto de vinil (PVC), com dimensões de 10 x 50 cm. Adotou-se delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos com seis repetições. Os silos foram abertos aos 67 dias e analisados os teores de matéria seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB) e potencial hidrogeniônico (pH). Realizou-se a análise de variância e posterior teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Houve diferença significativa para todos os tratamentos. Para teores de PB, os resultados mais expressivos foram o T1 (100% folhas) com 23,87% e T2 (parte aérea da mandioca) com 14,62%. Para FDN, os maiores resultados foram o T2 (62,39%) e T1 (57,95%) e para FDA, T4 (parte aérea de mandioca + resíduo de processamento da farinha) com 35,01% e T5 (parte aérea de mandioca + casca e entre casca da raiz + resíduo de processamento da farinha) com 40,37%. As silagens que apresentaram melhor pH, com valores de 3,87, 3,89 e 3,96, foram T5, T3 e T4, respectivamente. Conclui-se que os valores físico-químicos dessas silagens indicam boa qualidade para serem utilizadas, especialmente, na alimentação de ruminantes.